A memória dos soldados na literatura de confronto
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Marcos Fábio Campos da Rocha
Este artigo tem como objetivo examinar dois exemplos da literatura de confronto ou de resgate. Entende-se por estes termos toda a produção literária que surgiu, sobretudo na Alemanha e na Áustria, após o fim da Segunda Guerra Mundial e instaurou um longo questionamento motivado por alemães aos próprios alemães acerca das responsabilidades individuais durante o processo de ascensão do nacional-socialismo e sua vigência até a derrocada final do III Reich. Portanto, toma-se como matéria de ilustração duas obras produzidas por dois autores alemães da geração de 1920 e que serviram como soldados das forças armadas no conflito. Comum a ambos foi uma aversão profunda ao ambiente viciado de caserna, à violência dos treinamentos e o fato de terem sido gravemente feridos em batalha. Diferente entre eles é a natureza das confissões registradas em suas respectivas obras no que se refere à abordagem do tema do extermínio de civis durante os anos da ditadura hitlerista. Enquanto um deles é menos tímido diante dos números e relatos, o outro se mostra menos à vontade para o tratamento da questão, embora não se furte de todo ao debate.
Paraules clau
nacional-socialismo, Literatura alemã do pós-guerra, Identidade alemã, memórias, Segunda Guerra Mundial, Wehrmacht
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Com citar
Campos da Rocha, Marcos Fábio. “A memória dos soldados na literatura de confronto”. Anuari de filologia. Literatures contemporànies, no. 6, pp. 105-32, https://raco.cat/index.php/AFLC/article/view/317772.