As diferenças sócio-espaciais dos produtores familiares dedicados ao cultivo de café na amazônia

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Jacob Binsztok
Investigamos a construção sócio-espacial dos produtores de café da Amazônia Meridional, principalmente no Centro-Leste do Estado de Rondônia. Neste sentido foram investigados a partir dos anos 70, os espaços produzidos por colonos provenientes do Estado do Espírito Santo.

Esta pesquisa mostra a presença de duas comunidades distintas, que apesar de ocuparem espaços próximos, apresentam especificações sociais oriundas de suas localidades de origem e que foram reproduzidas na Amazônia Meridional. Assim verificamos que toda a estrutura de comercialização é proveniente do Espírito Santo, obrigando a produção de café a percorrer grandes distâncias até o porto de Vitória ou Paranaguá, não escoando sua produção para Porto Velho, o que reduziria significativamente os custos de transporte. Tal fato é proveniente das relações de confiança entre produtores e intermediários, não prevalecendo uma racionalidade geo-econômica. Apesar de construírem comunidades em idênticos espaços tropicais, os produtores de origem italiana ou de origem alemã não possuem grandes níveis de interação.

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Com citar
Binsztok, Jacob. “As diferenças sócio-espaciais dos produtores familiares dedicados ao cultivo de café na amazônia”. Scripta Nova: revista electrónica de geografía y ciencias sociales, vol.VOL 10, https://raco.cat/index.php/ScriptaNova/article/view/58184.