A territorialização de organizações não governamentais nas periferias urbanas: uma experiência na metrópole de São Paulo

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Fabiana Valdoski Ribeiro
As organizações não governamentais (ONGs) se difundiram amplamente pelos países da periferia do capitalismo a partir da década de 1990 alicerçados nos ditames de uma economia baseada em políticas neoliberais. Este novo sujeito trouxe consequências relevantes ao nível econômico, político, mas, sobretudo, ao social com o desenvolvimento de estratégias que impuseram um controle sobre os espaços urbanos periféricos das cidades. Estas ONGs, muitas vezes com uma prática urbana assistencialista, efetiva o controle do espaço por meio da gestão dos serviços sociais imprescindíveis para a reprodução da vida dos moradores acarretando a normatização dos usos, inclusive, com interditos sobre espaços coletivos frutos de lutas urbanas. Este é o caso da Associação Comunitária Monte Azul na periferia de São Paulo, que se territorializa sobre uma favela ao longo das três últimas décadas e se legitima através dos serviços prestados à comunidade configurando um dos modos de controle sobre os lugares na periferia.
Paraules clau
ONG, periferia, territorialização, controle do espaço, normatização, gestão de serviços

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Com citar
Valdoski Ribeiro, Fabiana. “A territorialização de organizações não governamentais nas periferias urbanas: uma experiência na metrópole de São Paulo”. Scripta Nova: revista electrónica de geografía y ciencias sociales, vol.VOL 18, https://raco.cat/index.php/ScriptaNova/article/view/288404.