Proposição teórica do modelo insumo-produto emergético (mipem) para mensurar o gap entre o valor bioeconômico e o valor monetário
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O subsistema econômico se utiliza de recursos de capital natural, humano ou monetário e por vezes, se desconsidera que há a irreversibilidade no processamento desses recursos que são fonte de matéria e energia. As atividades econômicas tiram vantagem do uso dos recursos biofísicos finitos. A falha em não medir ou desconsiderar a contribuição dos recursos biofísicos ao processo produtivo do subsistema econômico implica em um gap entre o valor monetário e o valor bioeconômico. O objetivo deste estudo é propor uma nova ótica teórica de análise a partir do valor bioeconômico, via Modelo de Insumo-Produto Emergético. Trata-se, então, não somente de uma comparação teórico-descritiva dos pensamentos dos autores, mas também de apresentar e propor ideias alternativas à teoria neoclássica no que tange a contribuição dos recursos naturais ao subsistema econômico embasada na visão do systemic decoupling. O estudo ancora uma contribuição no campo da Macroeconomia Ecológica, via análise emergética setorial embasada no valor bioeconômico, que avalia a sustentabilidade das atividades econômicas setoriais. A proposta em questão se desenvolve como alternativa para fornecer uma direção, avaliação e desempenho de políticas públicas, com a intensificação de ações coordenadas em setores estratégicos para o alcance do desenvolvimento sustentável. A relação apresentada nesse estudo, expressa uma tentativa de aproximação entre as visões da valoração de bens puramente monetária (ou preço do mercado) e o valor biofísico, este último embasado no valor energético que está imbricado nos recursos da natureza e utilizados pelas atividades econômicas.