Ruas emergentes: tendências morfológicas e processos de transformação

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João Silva Leite
A consolidação do automóvel como veículo preferencial de deslocação de pessoas e
bens, aliado a processos de crescimento urbano fragmentado provocou intensas transformações
na cidade do século XX e no seu tecido. Como organismo a sua complexidade
aumentou, o corpo compõe-se por um número crescente de elementos, sistemas,
dinâmicas e estratos, que dificultam a sua leitura e decifragem. Os eixos infraestruturais
de grande mobilidade assumem um papel importante na manutenção de algumas
ligações morfológicas, afirmando-se como elementos estruturadores do território. O
seu espaço canal é colonizado por uma urbanização constante que adquire características
específicas, definidoras de uma identidade própria. Emergem, assim, elementos
urbanos lineares capazes de suportar tecido urbano e, simultaneamente, permitir deslocações
entre partes distintas do território. Neste sentido, o estudo do processo de
transformação destes elementos lineares sedimenta, por um lado, o seu entendimento
como tendências emergentes da Rua e, por outro, contribui para a sistematização de
um fenómeno melhorando e criando novos mecanismos de produção urbana mais
equilibrados e conscientes dos paradigmas urbanos contemporâneos.

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Com citar
Leite, João Silva. “Ruas emergentes: tendências morfológicas e processos de transformação”. Quaderns de Recerca en Urbanisme, no. 7, https://raco.cat/index.php/QRU/article/view/321807.